31 de outubro de 2006

Surplus



Blog é sinônimo de novidade? Quase sempre. Hoje eu quero dar uma dica muito legal pra quem passar por aqui: o filme sueco SURPLUS. Eu tive o prazer de assistí-lo no encerramento das minhas aulas sobre a Sociedade da Informação lá na UFBA e adorei!

De autoria de Eric Gandini e com música de Johan Söderberg, o filme tem 52 minutos. Num ritmo alucinante inspirado em videoclips, o diretor faz uma ferrenha crítica ao capitalismo, à sociedade de consumo e ao mundo moderno que tenta emperrar a pós-modernidade já existente.

Sarcástico, interessante, inteligente e, vou logo avisando, esquerdista. Tem Fidel, Bush e muito mais. Pra rir, se questionar e refletir muito. Surplus é de 2003, mas deverá se manter atual durante muito tempo. Tente alugar!

30 de outubro de 2006

o que é o original?


Se a internet existe hoje livre como é, toda a culpa é do caos.

Se a vivemos num mundo caótico, temos nossa parcela de contribuição, nem que seja através do consenso.

Caos consensual chupa um pouquinho da idéia de “alucinação consensual” que William Gibson usa para descrever a tal realidade em seu Neuromancer, e do ideal hacker da década de 70, fomentador da contracultura que liberta.

Que tal olhar mais de perto o caos que consentimos diariamente?

Fui parado pela Polícia Rodoviária Estadual da Bahia na Linha Verde, lá no Conde, e tomei uma notificação. Motivo: lacre de segurança da placa rompido. O policial disse que eu poderia ter meu carro apreendido e que a placa havia sido “corrompida por alguém”.

Os sinais de ferrugem no lacre gritam, mas ele ignorou meus avisos de que ela teria causado o rompimento do metal. No final das contas fui liberado para seguir viagem e ele disse que, assim que eu voltasse a Sergipe, resolvesse isso.

De volta a meu querido estado, fui com minha mãe (afinal o carro é dela) ao Detran. Ficamos 1h20 na fila para fazer a tal mudança. E você acredita que o Detran não reconhece a 2a via do documento que ele mesmo emite?

Pois é. Depois de toda espera, não pude fazer a renovação do lacre porque o número do documento que eles expediram não conferia com o sistema. Que espécie de 2a via de documento não é aceita pelo próprio órgão emissor?
Não estamos falando de uma cópia, mas de uma 2a via oficial e pela qual se paga R$ 4,50.

Seria mais ou menos como se eu solicitasse ao banco uma 2a via de meu cartão de crédito e esse novo cartão só fosse aceito nas lojas, mas não na agência bancária. Tem cabimento?

Resultado: vou ter que a achar a primeira via do documento e voltar lá com um papel rabiscado que eles chamam de senha preferencial para não enfrentar nova fila. Espero que o pedaço do papel qualquer que eles rabiscaram de qualquer jeito seja aceito pelo sistema.