5 de novembro de 2006

Pífio? Só se for o o jornalismo político de Veja



O primeiro governo foi pífio? Última chance? Eita que a Veja insiste em querer mandar no país. Lula não poderá se reeleger, mas o projeto da mudança sim.

Revista Veja desta semana (8 de novembro).

"Na semana passada, já no dia seguinte à eleição, enquanto o presidente dava entrevistas às principais emissoras de televisão do país, seus eleitores e aliados, ministros inclusive, voltaram a produzir sinais preocupantes da dificuldade que têm em lidar com uma imprensa independente e crítica".

Essa imprensa independente pode até existir em algum grau, mas eu espero que a Veja não esteja falando de si mesma.

Sem me aprofundar muito, vou apenas dizer que a revista que publicou uma matéria de duas páginas na época da eleição acusando o então candidato e hoje o governador eleito por Sergipe, Marcelo Déda (PT), de superfaturar shows antes de sair da prefeitura, sem provas e sem ouvi-lo, não tem moral nenhuma para se autointitular independente.

Mais um trechinho:

"Apesar de tudo, é certo que o Lula que se reelegeu agora para um segundo mandato é um político mais preparado que o Lula eleito em 2002."

Dá até para pensar que eles estão fazendo ponderações coerentes. E de fato, a revista até consegue fazer isso nos primeiros parágrafos da matéria sobre a reeleição de Lula. Não dá para achar que os 58.295.042 de eleitores que confiaram e/ou re-confiaram nele não sabem disso, né?

A eleição passou, Lula ganhou, Déda também, mas como dizia o jingle do sergipano, ... "Eita, que eles tão aperriados!"

O link da matéria que comentei hoje está acessível apenas para assinantes da revista.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu sou leitora da veja, mas sempre acho que crítico mesmo ,precisa ser o leitor, pois sempre achei deveras tendenciosa as matérias,principalmente no quesito política.
Felizmente(ou não?!), este tipo de revista só alcança uma classe privilegiada, e o mínimo que podemos esperar é que os leitores tenham senso crítico,para rejeitar as idéias pré-fabricadas daqueles que se auto-intitulam portadores da voz da democracia.

Anônimo disse...

"Privilegiada..." Economicamente a senhora quer dizer... espero.